domingo, 25 de setembro de 2016

História, Vampiros, a Legião Parte 3

Acordei na manhã seguinte (mas poderia muito bem já ter passado vários dias) sentindo uma tremenda dor de cabeça e com o corpo todo dolorido, num quarto bem pequeno. Eu não fazia a menor ideia de onde estava. Meus pensamentos estavam meio confusos (na verdade estavam muito confusos) por causa das coisas que tinham acontecido na noite anterior.
Eu tinha mesmo visto um lobisomem? Onde eu estava? Quem era aquela mulher que tinha me protegido ou pelo menos tentado? Aquilo tinha sido real?
Sentei na cama para reparar melhor onde estava. O quarto não tinha nada demais para falar a verdade. De um lado tinha um guarda-roupas e do outro um gaveteiro. Ah, e o quarto era de madeira.
Mas tinha uma janela.
Comecei a olhar pela janela para tentar saber onde estava. Do lado de fora, havia uma enorme floresta. Arvores e todo tipo de mata davam vida ao cenário que era praticamente branco por causa da neve e bem ao longe havia um rio ou lago. (Eu nunca aprendi qual era a diferença)
Então a porta se abriu e a mulher loira entrou.
– Bom dia, Christopher. Como está se sentindo? – Ela perguntou o mais naturalmente possível. Sua voz era doce.
COMO EU ESTOU? EU FUI ATACADO POR UM LOBISOMEM SUA MALUCA!
Mas eu apenas disse:
Ãhh... Eu não sei. Quem é você? Onde estou?
Não precisa ficar com medo. Meu nome é Aline. Você está em Algonquin Park agora.
Algonquin Park? Agora estava explicado o porquê de tanta mata. O algonquin Park é um parque (ou uma floresta. Talvez as duas coisas, pensem o que quiserem) provincial que fica localizado entre Georgian Bay e o rio Ottawa em Ontario. Sua extensão é imensa. Sua área tinha aproximadamente 7, 653 km quadrados (eu sabia disso porque já tinha lido sobre o parque uma vez), sua vegetação era bem diversificada e havia até alguns animais nele.
Aquela coisa que me atacou ontem, o que era aquilo? – Perguntei, já prevendo a resposta. E que resposta...
Acredite em mim. Aquilo era um lobisomem.
Ok! Imaginei que estava ficando louco. Lobisomens só existiam em filmes e livros, não era?!
Por que me trouxa pra cá? – Perguntei tentando tirar aquela informação bizarra da cabeça.
Aqui, no momento, e o lugar mais seguro pra você estar. – Ela falou de maneira calma. (Para uma pessoa que havia lutado contra um lobisomem imenso um dia antes, essa mulher era calma até demais). – Você está em um clã. Um clã de vampiros.
Ah, beleza! Aquilo foi á gota d’água. Aquela mulher estava me achando com cara de idiota, só pode. Lobisomens, vampiros aquilo era muita coisa para um dia só. Na verdade, aquilo era muita coisa para uma vida toda.
Olha, eu não posso negar o que eu vi ontem. Não sei se era um...
Lobisomem ou não, mas vampiros? Quer mesmo que eu acredite no que você está falando?
Ela me encarou fixamente por um segundo. Parecia estar me avaliando. Agora que ela estava de frente, reparei que seus olhos eram azul oceano. Seu rosto era lindo. Aquela mulher era de uma maneira esquisita e tentadora, diferente das outras mulheres. Não só pela beleza. Ela tinha algo mais...
Acredite se quiser! Mas você também tem sangue de vampiro Christopher. Seus pais eles eram...
Meus pais – eu interrompi – você conheceu meus pais?
Conheci. Seus pais viviam aqui, nesse mesmo clã. Eles eram vampiros também. O sangue de vampiro corre por suas veias.
Meus pais... Uma dor enorme invadiu meu ser. A dor da saudade. A dor da perda. Umas das piores coisas da vida e não ter seus pais vivos, para poder te aconselharem, para brigarem com você, para te amarem...
As lagrimas caíram de meus olhos de maneira natural e pela primeira vez eu não estava nem ai se alguém estava vendo.
– Eu sinto muito pela sua perda, Christopher! – Ela continuou. – Saiba que seus pais eram pessoas do bem. Eles amavam você.
Como eles morreram? – Perguntei.
Antes de você nascer, os lobisomens ordenaram um massacre a nosso clã. – ela explicou. – Por sorte do destino ou não, sua mãe acabou sabendo do ataque e o levou para morar com sua tia para que ela pudesse te proteger. Logo depois ela voltou ao clã e... – a voz dela falhou. Resolvi não tocar mais no assunto. Pelo visto era difícil para ela falar no assunto. E também era difícil para mim ouvir.
Ok, Ok! Então, digamos que eu acredite mesmo em você. – Eu disse, secando as lagrimas. – Então por que nunca senti nada diferente em mim? Quer dizer, se eu tenho sangue de vampiro em mim era para mim ser muito forte ou algo assim, não é?
Eu disse que você tem sangue de vampiro, mas não disse que você é um. Você tem que completar a transformação.
Bom, até que o que ela falava fazia sentido. Eu estava mesmo acreditando nas palavras dela.
Talvez eu seja realmente maluco, pensei.
Eu acredito em você! – Falei. – Não acho que tenha sido por acaso. Mas então, como faço para completar a transformação? Se meus pais eram vampiros, quero ser um também, assim poderei vinga-los.
Aline sorriu. Não sei porque, mas ela sorriu.
Vejo que você tem a mesma coragem de seus pais. Isso é bom. Mas não será tão fácil assim, Christopher.
E porque, não? Eu só preciso matar o desgraçado que matou eles...
E você acha que vai consegui matar uma alcateia inteira de lobos? Vai por mim, Christopher, nós já tentamos muitas vezes e falhamos. Não acho que agora será diferente.
Ah, que ótimo! Como você é otimista, Aline, pensei. Mas de uma coisa eu tinha certeza. Agora que sabia quem tinha assassinado meus pais, não iria parar até mata-lo.

Então o que estamos esperando? – Mudei de assunto. – Como me transformo em vampiro? Ah, e mais importante: não vai doer, vai? 

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Resenha - O Lado Bom da Vida - Matthew Quick

O Lado Bom da Vida
Autor: Matthew Quick
Editora Intrínseca, 2012
Por Thays Garcia


Olá pessoinhas, aqui estou eu novamente, dessa vez com a resenha de O Lado Bom da Vida, um livro que nos mostra que até mesmo a pior situação tem um lado positivo e apesar das confusões e reviravoltas da vida, tudo acaba por se resolver, mesmo que não da maneira esperada.
Pat Peoples, que tem por volta de 30 anos, teve que passar um tempo em um “lugar ruim”, que é como ele chama o hospital psiquiátrico onde passou alguns meses, Pat não consegue se lembrar o motivo de estar lá, e enquanto tenta recuperar sua memória tem que lidar com uma nova realidade que lhe é estranha quando em um dia quando está se exercitando no hospital, sua mãe vem busca-lo, para leva-lo para casa.
De volta à casa dos pais, sem emprego, com o pai recusando-se a falar com ele, os amigos evitando falar a respeito do que aconteceu e sem estabilidade emocional o único objetivo de Pat é se tornar uma pessoa melhor para tentar reconquistar sua esposa, que se recusa e vê-lo.
No meio de toda essa confusão emocional, Pat tenta reorganizar sua vida sempre muito otimista e tentando ver o lado positivo das situações por que passa.
E no meio de tudo isso que ele começa uma amizade estranha, da qual ele inicialmente se esquiva, com Tiffany que irmã da esposa de seu melhor amigo. A vida de Tiffany está tão fora de ordem quanto a de Pat e os dois acabam por entender o outro de forma que ninguém mais consegue entender,

O Lado Bom da Vida é um livro cativante e repleto de situações inusitadas e um pouco loucas, mas com tudo isso o autor consegue passar para os leitores a situação cômica e trágica pela qual Pat e Tiffany passam, e como a positividade e otimismo podem fazer com que as coisas que parecem mais difíceis ou até mesmo impossíveis possam ter um final feliz a sua própria maneira.

História, Vampiros a Legião Parte 2





Parte 2


Estávamos no mês de Abril, ou seja, inverno. Eu não sabia exatamente qual era a temperatura, mas nem precisava.
 Agora vejamos a minha situação. Eu estava na rua á noite, sozinho, às duas da manhã, sem comida e sem água e com muito frio e sabe o mais engraçado disso tudo? Meu aniversario de 18 anos era daqui a cinco dias e ela nem tinha dado importância. (Normal, ela nunca ligou antes.) No entanto, agora eu tinha outras coisas mais importantes para se preocupar e a primeira delas era arrumar um lugar para passar a noite o mais rapidamente possível, senão era bem capaz de morrer de hipotermia.
Será que seria uma boa ideia bater na porta de algum vizinho pedindo para poder passar uma noite?
Mas antes que eu pudesse tomar qualquer decisão, uma coisa inesperada aconteceu.
Deve ser muito corajoso, garoto, pra sair de casa a uma horas dessas. – Em minha frente surgiu um homem. Ele vestia uma camisa baby look que combinava perfeitamente com seus enormes braços e calça jeans. Seus olhos eram vermelhos (espera, vermelhos?) e sua voz era fria.
Ãhhh... – Fiquei sem reação. Eu não me lembrava daquele cara na vizinhança.
Deixe que eu me apresente. Meu nome é Ivan. Estou aqui para matar você.
De repente, aconteceu algo muito, muito bizarro...
Ivan começou a se... transformar? Dava para ouvir seus ossos estalando enquanto ele se transformava. Onde havia uma cabeça surgiu uma face de lobo, com presas caninas enormes a amostra. Suas mãos se transformaram em garras maiores do que as de um urso. Seus olhos ficaram ainda mais vermelhos, agora carregados de fúria. Seu corpo ficou coberto de pelo.
Em minha frente havia um lobisomem com mais de 2 metros de altura. Isso eu não podia negar.
Mas minha mente não queria acreditar no que estava vendo. Aquilo não podia ser real. Lobisomens não existiam.
Meu coração começou a disparar, minha mente ainda estava tentando acreditar no que estava vendo, porém, eu não tive tempo de pensar, pois a criatura me atacou.
A criatura correu para cima de mim que felizmente consegui desviar de suas garras por pouco. (Mais um segundo e eu estaria sem cabeça). Eu não sabia o que fazer. Não tinha nenhuma arma para poder usar.
Eu vou morrer, pensei.
Então, para minha sorte ou não, uma garota, portando uma espada prateada surgiu em minha frente como um fantasma. (Ah, que beleza, mais uma aparição estranha).
A garota tinha cabelos loiros lisos e um corpo lindo. (Foi só isso que deu para reparar, pois ela estava de costas).

A garota partiu para cima da criatura, sem medo algum, mas tomou uma bela patada da criatura e foi jogada contra mim que desmaiei na mesma hora.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

História, Vampiros a Legião Parte 1

Vampiros, a legião


Matheus Galvão

Sinopse: Olá, meu nome é Christopher. Se estiverem lendo isso, suplico a vocês para que nunca, nunca mesmo, desejem ser um vampiro. É claro que tem o lado bom, como ter super força, super velocidade e até super sentidos, mas também tem o lado ruim. Perdi meus pais por isso, perdi meu emprego e quase perdi a minha vida. Sempre que desejarem ser alguma coisa, não veja só o lado bom disso. Veja o lado ruim também. Às vezes o lado ruim não compensa o lado bom. Na minha vida foi assim.

Pense em ter que trabalhar numa empresa multinacional e mega famosa... Deve dar dor de cabeça, certo? Agora imagina ter que trabalhar como atendente de segunda a sexta das 10h as 21h30min e sábado das 09h30min ás 21h30min, ter que aguentar as criticas, os desaforos e as reclamações dos clientes.... Ainda mais dor de cabeça, né!? Mas acreditem, ainda vai piorar.
Agora, imaginem ter que morar com sua tia, que te maltrata todo dia, reclama de tudo que você faz e tenta sugar todo seu dinheiro para gastar em bebidas... Bem, essa era praticamente a minha vida.
A empresa, ou melhor, a famosa empresa onde eu trabalhava era a Apple Store. Eu tinha que dar duro todo dia, caso contrario, seria demitido. Ainda mais que eu era novato com recém completados 5 meses de trabalho. A pressão era tanta que às vezes eu cheguei a achar que até a morte seria melhor. Pelo menos eu ia descansar.
Ou não!
Eu morava com minha tia Lúcia (uma mulher de 45 anos, com a pele toda flácida, barriga de chopp e os cabelos bem maltratados) desde a morte dos meus pais. Ou seja, eu nunca morei com meus pais, pois eles morreram quando eu ainda era um bebê.
Vivíamos num bairro chamado Lawrence Park, no norte de Toronto, no Canadá. Era um bairro bonito e tranquilo, com casas (tanto pequenas como grandes e a maioria muito bem decoradas) em todo lugar, lindos jardins em frente à maioria das casas, quadras esportivas, árvores de vários tipos e tamanhos e algumas casas que pareciam realmente mansões de tão lindas que eram. Em outras palavras, o bairro era lindo, tanto que foi classificado como o bairro mais rico do Canadá em 2011.
Do meu emprego para minha casa eu gastava aproximadamente 40 minutos de transporte público (Os transportes públicos do Canadá eram um dos melhores do mundo, disso eu não podia reclamar.).
Minha tia tinha certas regras na casa (não me perguntem por que já que só morava eu e ela na casa e eu não era do tipo baladeiro) e uma dessas regras era “esteja em casa antes da meia noite, caso contrario, dormirá na rua”, era exatamente assim que ela falava.
Eu quase nunca, nunca mesmo, conseguia cumprir a regra do horário, mas ela não podia me culpar. Muitas das vezes, depois do trabalho o pessoal marcava para ir tomar uma bebida ou algo do tipo e eu não queria ser o novato antissocial que recusava.
Naquele dia, eu cheguei em casa quase uma hora da manhã. Mas quem sabe ela já tivesse ido dormir e nem veria eu chegando, pensei, mas me enganei.
Quando abri a porta, ela estava lá, sentada no sofá, vendo TV (com certeza para não dormir e poder me infernizar mais um pouco).
– Vejam só quem chegou. Meu querido sobrinho, Christopher. – Ela falou com a voz cheia de escárnio. Ela tinha prazer em me infernizar.
– Olha tia eu realmente não quero discutir com você hoje... – Tentei amenizar a situação para meu lado. Eu tinha tido um dia longo no trabalho e não estava mesmo a fim de discutir com ela. Na verdade, eu só queria mesmo era me jogar na cama e dormir muito.
– Eu estou cansada de ter que repetir as regras da casa pra você seu moleque ingrato. O horário de chegar em casa é antes da meia noite e você sabe disso. – cuspiu ela.
– Eu sei muito bem dessas suas malditas regras, mas quer saber, eu não dou a mínima para elas! Acho que você ainda não se deu conta de que só mora eu e você nessa maldita casa! – Gritei. – Se for para continuar desse jeito eu vou embora. Não vou mais ouvir reclamações suas. Sou eu que ajudo nas despesas da casa, eu que ajudo no aluguel. O que você quer mais?
Foi a primeira vez que falei desse jeito com ela. Seus olhos estavam esbugalhados de surpresa. Se ela algum dia pensou que eu nunca iria me rebelar contra suas malditas regras, contra seu jeito horrível de me tratar, ela se enganou completamente. Eu sofria desde novo por ter perdido meus pais. Sofria pelo jeito como ela me tratava. Já estava na hora de fazer alguma coisa.
 Eu não queria gritar com ela, só queria ser amado. Só queria ser valorizado. Na verdade, eu só queria que meus pais estivessem vivos...
– Pode ir embora! – Ela falou calmamente. – Não quero que pise os pés nessa casa nunca mais!
– Tudo bem. Eu vou embora, mas nunca mais você vai me ver. Eu nunca mais quero ouvir sua voz de novo!
Eu estava fervendo de raiva. Eu queria mesmo era xingá-la bem alto, para o quarteirão todo poder ouvir, mas não valeria a pena. Já tinha ouvido falar que nunca devemos tomar decisões quando estivermos com raiva e nesse momento eu estava com muita.
Fui para meu quarto e fechei a porta ao entrar. Meu quarto estava completamente bagunçado (homens não ligam muito para organização) tinha roupas jogadas por todos os lados, caixas de pizza, revistas espalhadas pela cama e muito mais. Estava uma zona total.
Peguei minha bolsa de viagem dentro do guarda-roupas e comecei a pensar no que iria levar. Roupas obviamente. Peguei as roupas que estavam jogadas pelo quarto e coloquei o máximo que consegui dentro da bolsa. (Claro que elas estavam todas amassadas). Quebrei meu cofrinho e guardei o dinheiro no bolso, peguei alguns livros também e mais algumas outras coisas. (Graças a Deus que eu não tinha nascido mulher, pois seria muito mais complicado arrumar tudo).
Sai do quarto e tia Lúcia ainda estava na sala batendo os pés. (Para uma mulher com uma barriga daquele tamanho, até que ela era resistente).
Trocamos um breve olhar por poucos segundos antes dela falar:
– Pegou tudo?
– Sim!
– Então pode ir!
No relógio do meu pulso marcava quase 02h da manhã. Mesmo assim, era melhor enfrentar o mundo lá fora sozinho e com frio do que continuar vivendo com aquela mulher infeliz.
Passei por ela sem dizer uma única palavra enquanto ela me encarava com os olhos fervendo de raiva por ter sido desafiada. Cheguei á porta, abri e respirei fundo.
 Estava frio, muito frio do lado de fora e eu não estava vestindo casaco. Você consegue, pensei.
Então sai, deixando minha casa, meu quarto bagunçado e minha tia para trás, para enfrentar o frio e a noite de Toronto.

 Sozinho!

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Resenha - As Vantagens de Ser Invisível - Stephen Chbowsky

As Vantagens de Ser Invisível
Autor: Stephen Chbowsky
Editora ROCCO, 2007
Por Thays Garcia

Olá pessoinhas, hoje venho com a resenha de um livro maravilhoso e muito tocante, um dos meus favoritos.


A cada página do livro me apaixonava pela história e pela complexidade e drama de cada personagem. O autor faz com que você realmente consiga entrar na história e sentir o que Charlie 
sente.
O livro se passa no início dos anos noventa e é todo composto por cartas escritas pelo personagem principal. O livro aborda alguns temas um tanto polêmicos, como o homossexualismo, drogas, álcool, pedofilia e estupro.
O livro conta história de Charlie, um garoto com problemas emocionais que encontra como saída para entender ser sentimentos, compartilhá-los com um total desconhecido por meio de cartas nas quais ele é completamente honesto sobre as coisas que acontecem em seu dia a dia.
Charlie começa a escrever as cartas em sua primeira semana no ensino médio, quando se sente sozinho depois de passar um tempo em um hospital após o suicídio de seu melhor amigo.
As outras pessoas acham Charlie estranho, e as que não praticam bullying com ele, simplesmente não se aproximam, o que faz com que seu único amigo seja seu professor de inglês, que ao enxergar seu potencial, compartilha livros com o garoto.
É no meio de toda essa solidão e sentimentos confusos que Charlie conhece Sam e Patrick, que são alunos mais velhos e um tanto deslocados. Os dois acabam levando Charlie para seu mundo, incluindo-o em suas atividades costumeiras e a seu grupo de amigos.
Com eles Charlie finalmente se sente aceito, parte de alguma coisa.  Mas isso não basta para que os sentimentos de confusos de Charlie desapareçam. Ao longo do livro ele passa por muitos conflitos internos que acabam fazendo com que ele tenha pensamentos ainda mais ruins relacionados há um grande trauma do passado que acabam fazendo com que tudo fique ainda mais confuso e chegue a um desfecho surpreendente.
As Vantagens de Ser Invisível é um livro muito delicado e verdadeiro. A história de Charlie é ao mesmo tempo triste e cativante. É um livro com um desfecho um tanto perturbador, mas muito tocante.
É um livro acima de tudo sobre aceitação, amadurecimento e amizade.
Encerro essa resenha com um dos meus trechos favoritos do Livro:

“Então, acho que somos quem somos por várias razões. E talvez nunca conheçamos a maior parte delas. Mas mesmo que não tenhamos o poder de escolher quem vamos ser, ainda podemos escolher aonde vamos a partir daqui. Ainda podemos fazer coisas. E podemos tentar ficar bem com elas. ” 

sábado, 10 de setembro de 2016

A saga "Os Instrumentos Mortais" acaba de ganhar novas capas!










A Gelera Record acaba de dar uma notícia que vai deixar muitos leitores babando. Estão vendo essa imagem aí em cima? É isso mesmo. São as novas capas dos livros da saga "Instrumentos Mortais". E ainda mais: os livros com as capas novas já estão em pré-venda, assim como o box contendo todos os livros. Apesar de não ser tão fã da saga, amei muito essas capas! Então se eu, que nem sou tão fã assim estou babando as capas, imagine quem é fã...
Lançamento oficial dia 24/10. 








sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Resenha: Aniquilação - Livro Um da Trilogia Comando Sul


Aniquilação –  Livro Um da Trilogia Comando Sul 
Autor: Jeff Vandermeer – Editora: Intrínseca, 2014
Por: Thays Garcia

Olá pessoas, sou nova aqui no blog, meu nome é Thays, tenho dezoito anos e assim como vocês sou apaixonada por livros. Sou mais uma das pessoas que vai trazer resenhas ao blog.


Vou começar falando sobre o Livro Aniquilação, primeiro livro da trilogia comando Sul, do Autor Jeff Vandermeer, que foi publicado pela editora Intrínseca em 2014.

É difícil descrever o que senti lendo Aniquilação, mas acho que a palavra que melhor define é Aflição. A cada palavra do livro sentia um aperto no peito que só aumentava. Aniquilação é um livro repleto de verdades difíceis de compreender ou aceitar, traições, mentiras, desconfianças e mistérios. Quando as coisas começam a esquentar, é difícil parar. Um livro viciante e que prende a atenção do leitor, deixando qualquer um sem ar em certos momentos.
Confesso que fui com muita sede ao pote quando li Aniquilação. Eu ouvira falar muito bem sobre o livro, e depois de ver a capa e a sinopse fiquei maluca pelo livro. Consegui comprar numa promoção e comecei a ler, cheia de expectativas que no começo não foram atendidas.
Quando comprei o livro não sabia que o livro tinha pouquíssimos diálogos, coisa com a qual não estava acostumada, então no começo o livro foi bem cansativo, mas assim que me adaptei a narrativa, consegui mergulhar na complexidade da história e das personagens, e Aniquilação se tronou um de meus livros favoritos.
A história tem o formato de um diário, não é datada, e também não se sabe precisamente em que parte do mundo se passa, o que sabemos é que o mundo não é mais o mesmo por culpa da poluição e destruição que a raça humana causou. A história gira em torno de uma das muitas expedições que foram enviadas à misteriosa Área X, uma região de mata, onde o clima e a vegetação se misturam e mudam constantemente, abrigando espécies animais e vegetação desconhecidos e até mesmo espécies que já foram extintas no resto do mundo, uma área que se torna maior a cada ano.
A expedição é composta por quatro mulheres, uma bióloga, uma antropóloga, uma topografa e uma psicóloga. A história é narrada pela bióloga, que se voluntariou para a pesquisa na Área X após a misteriosa morte de seu marido, com a intenção de descobrir o que realmente acontecera com ele.
Ao chegarem na Área X, as coisas começam a ficar estranhas quando o grupo encontra um misterioso túnel, que a bióloga descreve como Torre, que não estava em nenhum dos mapas. Após se instalarem no acampamento que fora há muito abandonado por outras expedições, o grupo decide investigar a túnel (ou Torre, o que vocês preferirem) e então a situação fica ainda mais misteriosa e assustadora.
Ao longo da história, a bióloga descobre que as informações e treinamento que recebera antes de chegarem a Área X jamais poderia prepara-la para as coisas terríveis que descobriu naquele lugar perigoso e misterioso.
O livro é repleto de verdades difíceis de compreender ou aceitar, traições, mentiras, desconfianças e mistérios. Quando as coisas começam a esquentar, é difícil parar. Um livro viciante e que prende a atenção do leitor, deixando qualquer um sem ar em quase todos os momentos. 

terça-feira, 6 de setembro de 2016

"As dificuldades que os escritores nacionais enfrentam e como não deixar isso tirar a vontade de escrever"





Oi galerinha, tudo bem? Espero que sim!
Hoje venho falar de um assunto que muito tenho visto em blogs vizinhos e em páginas no Facebook e até mesmo que eu já me perguntei. 
As dificuldades que escritores nacionais (como eu) enfrentam na hora de encontrar uma editora para finalmente conseguir publicar seu livro. E também, pretendo dar algumas dicas de como não deixar isso te abalar (e acho que essas dicas serão validas até para mim mesmo). 
Nós amamos ler, certo?! Mas a maioria dos livros que lemos são de escritores estrangeiros. Já se perguntaram o porquê disso? A questão é que o escritores nacionais tem bem mais espaço do que nós. Isso é um fato inegável. Mas por que? Talvez nós mesmos tenhamos uma grande parcela de culpa. Como assim, Matheus? Ué, não é verdade que na hora de comprar um livro você prefira os estrangeiros? Confesso que até eu prefiro e é aí que está o nosso erro. Nós mesmos desvalorizamos os livros de nossos amigos só porque é livro nacional. "Livro nacional é horrível", já escutei alguns falaram (e tenho vergonha de admitir que eu já fui em desses). "Eu é que não vou gastar meu dinheiro comprando livros nacionais". Ta vendo? Olha o grande erro que cometemos. O problema é que só nos damos conta disso quando publicamos o nosso próprio livros e vemos as pessoas falarem isso pra gente. Dói muito, né?! Então, essa é a primeira dica que dou hoje. Na próxima vez que forem comprar um livro (e eu espero que seja logo porque ler é muito bom) prefiram livros nacionais. Mas, vejam bem, não estou dizendo que não vão mais comprar livros estrangeiro. Não, não é isso. Só estou dizendo que olhem mais para os livros de nossos corajosos escritores nacionais. 

Agora vamos as dificuldades. Estamos lá, escrevendo no maior gás. Então terminamos. Criamos a nossa própria história. Queremos que todos possam lê-la. Mas para isso, precisamos de uma editora e é aí que entra o grande problema. A maioria das editoras cobram um valor absurdo de nós dizendo que é para ajuda de custo. Cada uma da uma história diferente. Mas no fim, temos um denominador comum: o dinheiro. Valores como 1000 até quase 3000 nos são cobrados. A maioria de nós não tem condições de pagar isso e então, nossa obra fica jogada as traças e alguns escritores até acabam desistindo de escrever. E ainda pior do que é isso é o fato de que, além de cobrarem esse valor, algumas editoras fazem um serviço (desculpem a palavra) porco. O livros ficam com uma péssima revisão. Diagramação... 
Mas se acalmem. Isso não é o fim do mundo. Ainda existem editoras que cobram um valor que cabe no nosso bolso e conseguem fazer um serviço bem feito. Editoras como: Arwen e Selo-Jovem, oferecem um bom serviço. E,hoje ainda podemos contar com algumas editoras que fazem o serviço de auto-publicação. Essas editoras não nos cobram nada pelos serviços, porém a Capa, Revisão, Diagramação e os outros serviços são por nossa conta. Mas um conselho meu: prefiram as editoras normais. Ser um autor independente é bom por um lado, mas existem diversos aspectos ruins de ser um autor assim. Você perde uma série de benefícios. As vezes, você acaba gastando mais do que ganha. Então, quando terminarem as suas obras, tomem cuidado! 

Mas ainda tem mais. Quando seu livro finalmente sair da gráfica, ainda irão ter muito trabalho pela frente. Vocês terão que ajuda na divulgação do seu livro. Vocês terão que falar do seu livro até para os anjos. Ser escritor é bom, mas também é trabalhoso. Vocês terão que estar preparado para enfrentar as muitas críticas. Terão que enfrentar os holofotes. Terão que dar entrevistas e muito mais. Não é só escrever e depois que o livro sair da gráfica, ficar coçando o saco. A editora tem o trabalho dela e você tem o seu, e o seu trabalho e ainda mais árduo do que o da editora. 
Mas fiquem calmos, não estou tentando desencorajar vocês (até porque eu também sou escritor e não gostaria que ninguém me desencoraja-se), mas quero que saiba que se quiserem mesmo seguir por esse caminho sombrio e solitário, terão muito trabalho pela frente (muito mesmo!). 


Por hoje é só isso! Desde já gostaria de agradecer a todos que estão me acompanhando desde que o blog começou. Se tiverem alguma pergunta ou comentário, pode deixar no post do blog que eu vou responder o mais rápido que puder. 
Adoro vocês! 
Até a próxima!